Lei científica

 
Expressão simbólica ou conceitual de ocorrências regulares (internas ou intrínsecas) acessíveis a verificações e inventário experimental, detectadas em fenômenos passíveis de arranjo em universo (por definição essencial) ou conjunto em que os mesmos se evidenciam singulares/universais, isto é: possibilitem predições ou previsões evolutivas em cada um ou qualquer deles, nos mesmos termos.
 
Comentário: Os fenômenos espirituais não comportam nem investigação nem compreensão científica: eles se estabelecem ou se sustentam por Revelações Divinas e se expressam como Doutrinas Religiosas ou Morais, que jamais foram ou serão Teorias Científicas. Portanto, não há Leis Científicas controlando fenômenos espirituais, uma vez que eles prescindem da materialidade com suas regularidades.

As ditas ou chamadas "Ciências Humanas" são especulações filosóficas, conceituais ou racionais, que se estabelecem por evidências apenasmente lógicas: portanto, não se remetem a regularidades empíricas (evidências experimentais) e não se valem de Leis Científicas, garantindo-se por interpretações meramente estatísticas de fatos aleatórios ou pela hermenêutica dos discursos.

As psicologias especulativas, portanto filosóficas, portanto mentalistas, também não podem valer-se de Leis Científicas: inscrevem-se no conjunto das ditas Ciências Humanas e padecem das limitações que são próprias das mesmas; sustentando-se por interpretações e coerências meramente lógicas.
 
A Psicologia Existencialista Científica não é uma das ditas ciências humanas, como as demais; posto que se vale de Leis Científicas: esclarece a personalidade humana e os fenômenos que lhe concernem a partir das ocorrências Sócio-antropológicas, que se oferecem como evidências empíricas de campo, constituindo fenômenos do mesmo tipo que os estudados pelas ciências experimentais.

Noutros termos: a Psicologia Existencialista Científica trabalha conforme o método das ciências experimentais e, como estas, vale-se de Leis Científicas, (conforme a definição dada) na investigação e na intervenção ou, se preferem, na teoria e na prática.
 
Pedro Bertolino
Florianópolis, inverno de 2008.